Existem diversos mitos que descrevem sua possível origem.
Dentre estes, o mais conhecido afirma que teria sido revelada a
Moisés no topo do monte Sinai junto com a Torah
(os primeiros cinco livros da Bíblia).
Outros mitos semelhantes atribuem a origem da Kabbalah a outras
personagens bíblicas: a Adam, a seu terceiro filho Seth,
ao patriarca Abraham ou ao misterioso sacerdote Malquitzedec.
Todos eles têm em comum a afirmação de uma
origem hebraica para esta Ciência. Outros autores porém,
com visão mais ampla, afirmam que seu caráter é
universal.
Por exemplo, Alexandre Safran, Grão Rabino de Genebra e
professor da Universidade daquela cidade diz: "A Kabbalah supera
em antigüidade mesmo à Revelação Sinaítica.
Remonta aos tempos pré-históricos e Moisés
não fez mais do que introduzi-la na história de Israel".
Também Saul Raskin, referindo-se aos Mestres de quem aprendeu
diretamente a Kabbalah afirma: "Deles eu ouvi que o primeiro a estudar
a Kabbalah foi Adam Harishon, o primeiro homem criado por Deus.
Depois veio Shem o segundo filho de Noé, Abraham foi o próximo,
depois os Egípcios, Moisés, os Anciões, Simeon ben Iohai
e todo aquele que foi um Tzaddik - um justo".
Origem egípcia da Kabbalah
A possível origem egípcia da Kabbalah estaria ligada a um
episódio muito particular da história daquela cultura.
Tudo indica que a religião egípcia era, pelo menos nos seus
aspectos mais elevados, no segredo dos templos, essencialmente monoteísta.
Porém, a religião pública, destinada ao povo, foi sempre
politeísta, e as discussões em torno de qual era o deus principal
estavam associadas à disputa pelo poder entre as diversas castas de sacerdotes.
Durante a dinastia XVIII, em torno de 1350 a.C, um faraó, que se fez
chamar de Akhenaton, instaurou oficialmente o primeiro monoteísmo da
história, adorando a um único deus - Aton - e iniciando uma
série de reformas políticas e religiosas.
Pouco depois de sua morte, suas reformas foram abolidas e o culto de Aton,
proibido para o povo, teve continuidade apenas no interior dos templos a ele
dedicados, cuja sobrevivência foi permitida pelos vencedores.
Teria sido precisamente nestes templos onde o jovem Moisés, educado como
um príncipe do Egito, teria recebido sua formação e,
justamente esses conhecimentos dariam origem à futura Kabbalah.
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